segunda-feira, 27 de abril de 2009

Resgatando a Subjetividade



Observe um mosaico. Nele há uma multiplicidade de peças. O mosaico é plural e só existe porque as peças saíram de suas singularidades. Só assim ele pode ser formado. Mas para dar forma ao mosaico as peças não precisaram abrir mão do que elas e eram. Não foram negadas, e sim passaram a compor um todo que jamais conseguiriam sozinhas.


A subjetividade refere-se a esta capacidade que o ser humano tem de se singularizar. Antes de ser comunidade, é pessoal, particular, reservado, privado porque segue a mesma regra do mosaico. Junta-se ao todo, mas não deixa de ser o que é.” (Pe. Fábio de Melo)

Etiqueta, Moda e Estilo - Assim Caminha a Humanidade

" Recuperando o prazer da civilidade" Ser bem educado, capaz de receber os outros e tornar o ambiente agradável é chic. Sem civilização, sem códigos seria a barabárie, a lei do mais forte, do salve-se quem puder e a vida na cidade ou em qualquer agrupamento se tornaria impossível. Por issso a etiqueta funcionou a partir das cavernas e funciona até hoje" Do mesmo modo que a etiqueta condiciona, a moda tem suas perversidades

Porque salto alto ou gravata?

A moda atual em vez de orientar, anda deixando as pessoas ainda mais separadas sem saber como lidar com ela. Ninguem mais tem certeza doque está ou não na moda. Basta dar uma olhada nos acontecimentos e nos símbolos ligados à moda e ao comportamento que representamos nas últimas décadas para entender com o viemos parar neste momento de supervalorização da imagem - hedonismo e narcisismo.

Anos 50 - Década clássica - a moda era ser bem comportado era chic ser "elegante"

Anos 60 - Década da revoluções - A moda era ser revolucionário. Chic era ser "rebelde". E a palavra em voga era Vanguarda.

Anos 70 - década da curtição. A moda era ser liberado. Chic era ser experimental.

Anos 80 - A Década do poder . A moda naturalmente era ser poderoso o que não era tão chic (Aids, yuppies - (ou hippies domesticados), Madonna e a divulgação da Era de Aquárius).

Anos 90 - A moda era ser único, o que poderia ser chic - moda grunge, minimalismo, personals trainners, academias e Prada. 
Anos 2000 - A moda é ser celebridade o que pode dar em vulgaridade. Nada chic.

Celebridades no ar. O mundo globalizado faz mais distinção entre as nacionalidades dos famosos...Giselle Bundchen, Nicole Kidman, Britney Spears, Sophia Coppola, Sean Penn, Kaká, Ronaldinho...Dr. Hollywood (foto à direita)
e qualquer outra pessoa que apareça na televisão.

A moda introduz o conceito de costumização - da roupa exclusiva "feita com as  próprias mãos".
"Silicone or bust" - a beleza se constrói com silicone. Botox, preenchimentos,  lipos cirurgias reparadoras - e não só com roupas e malhação. É a popularização da idéia de interferir no corpo através de cirugias e implantes .

O virtual suplanta o real: a década se inicia com a explosão da internet, da Nasdaq e da comunicação em rede global. É o mundo digital.

Reality show: a câmera on-line devassa a intimidade das pessoas. Tudo mundo quer seu quinhão de fama. Marcando a idéia de individualidade, a palavra estilo fica tão importante quanto moda
Mas a frase mais bela e sensata da autora que nos inspira é:
Elegância é estar ciente
dos sentimentos dos outros
(Fonte: Chic[érrimo] - de Glória Kalil - Ediouro).