quarta-feira, 13 de julho de 2016

A imagem do fotógrafo Jonathan Bachman, capturada  retrata a enfermeira Leisha Evans, de Nova York. Com um vestido longo e carregando nada mais que seus objetos pessoais, a mulher posiciona-se em frente aos policiais armados, à espera de que eles a prendessem.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/foto-de-mulher-negra-desafiando-policia-vira-simbolo-de-protestos-nos-eua-19684913#ixzz4EJdBEMP8 

Papa Francisco: 'não se pode vender a Pátria'

Francisco apelou aos jovens que 'não aposentem sua existência, não cedam a esse certo ativismo burocrático que favorece as propostas carentes de heroísmo'
Diário Página/12, da Argentina
Tiberio Barchielli / Palazzo Chigi
Em sua mensagem pela celebração dos 200 anos da declaração de independência da Argentina – celebrarda neste sábado, 9 de julho –, o papa Francisco divulgou uma mensagem que, segundo ele, era dirigida especialmente aos setores que mais sofrem com a desigualdade social, a quem ele chamou de “os mais maltratados da Pátria”. Entre eles, “os que vivem na indigência, os presos, os que estão sem trabalho e que sofrem com todo tipo de necessidades”. O sumo pontífice também usou o texto para recordar “a Pátria Grande sonhada por José de San Martín e Simón Bolívar”, e pediu que ela fosse defendida “de todos os tipos de colonização”. 

A missiva foi enviada ao presidente da Conferência Episcopal Argentina, monsenhor José María Arancedo. “Os argentinos usam uma expressão, atrevida e pitoresca para se referir a pessoas inescrupulosas: `este é capaz até de vender a mãe´. Porém, sabemos e sentimos profundamente em nossos corações o quanto é isso horroroso, que a mãe não se vende… e que tampouco se vende a Pátria, que é como a nossa mãe”, argumentou. 

Francisco transmitiu sua mensagem aos bispos, autoridades nacionais e a todos os seus compatriotas, desejando que esta celebração pelo bicentenário da declaração de independência faça com que os argentinos sejam “ainda mais fortes e decididos em trilhar o caminho iniciado pelos nossos mártires, há duzentos anos atrás”. 

“De uma forma bastante especial, quero estar perto dos que mais sofrem: os doentes, os que vivem na indigência, os presos, os que se sentem sozinhos, os que estão sem trabalho e que sofrem com todo tipo de necessidades, os que são ou foram vítimas da escravidão, do comércio humano e da exploração de pessoas, os menores vítimas de abuso e tantos jovens que sofrem o flagelo da droga. Todos eles levam consigo o peso de enfrentar situações muitas vezes ao limite. São os filhos mais maltratados da Pátria”, afirmou. 

Para Francisco, a Argentina celebra esta semana “duzentos anos de caminho de uma Pátria que, em seus desejos e ânsias de irmandade, se projeta para além dos limites do país: um país voltado à Pátria Grande, sonhada por San Martín e Bolívar. Esta realidade nos une em uma família de horizontes amplos, através da lealdade dos irmãos”. 

“Também rezamos hoje, em nossa celebração, por essa Pátria Grande: que o Senhor a cuide, a faça mais forte, mais irmã, e que a defenda de todos os tipos de colonização”, pediu o líder da Igreja Católica. 

Além disso, Francisco também apelou aos jovens que “não aposentem sua existência, não cedam a esse certo ativismo burocrático que favorece as propostas carentes de heroísmo”, e acrescentou dizendo que “precisamos que nossos avôs possam sonhar e que nossos jovens queiram profetizar coisas grandes, pois só assim a Pátria poderá ser livre. Precisamos que esses avôs sonhadores inspirem os jovens aos mesmos sonhos, para que eles correm atrás desses sonhos, impulsados por sua criatividade e a crença em suas profecias de um mundo melhor”. 

Tradução: Victor Farinelli
Créditos da foto: Tiberio Barchielli / Palazzo Chigi

Fonte: http://cartamaior.com.br/

terça-feira, 5 de julho de 2016