quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Agroterrorismo: Juízes acusados de favorecer latifundiários podem ser afastados.

Após cinco horas de debate em audiência pública sobre a violência no campo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG) foi aprovado na última semana o requerimento que pede ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o afastamento do juiz titular da vara, Otávio Almeida Neves e da juíza Rosilene Maria, da 12ª Vara Federal. 

Representantes de movimentos de luta pela terra apresentaram fatos que demonstravam parcialidade desses magistrados em favor dos proprietários de terra. 


O representante do acampamento de Rio Pardo de Minas, Isaías de Oliveira, relatou que as famílias foram despejadas do local de forma irregular. “Fomos despejados na véspera do Natal e não tivemos como pegar nossas barracas e nem nossos pertences. Nossas criações ficaram todas no local. Apesar da terra ser devoluta, o juiz da Vara de Conflitos Agrários, Otávio Almeida, mandou fazer a reintegração de posse”, disse. 

De acordo com o promotor do Centro de Apoio Operacional de Conflitos Agrários do Ministério Público, Afonso Henrique de Miranda Teixeira, a Vara de Conflitos Agrários está atuando contra os movimentos de luta pela terra. Para ele, o juiz Otávio Almeida Neves não aplica o princípio norteador do direito agrário da função social da terra, descumpre normas processuais legais e revoga dispositivos que criaram a própria vara. 

O promotor Renato Augusto de Mendonça apontou evidências de que o magistrado teria afrontado os deveres de imparcialidade. Ele deu exemplos de casos que comprovariam a denúncia, tais como emissão de liminares sem que elas sequer tenham sido pedidas, além de reintegrações de posse consideradas arbitrárias até por magistrados federais. 

O superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Calazans, anunciou que foi criada uma comissão, com presença dos movimentos sociais, de representantes do Estado e da própria autarquia, para tratar de ações de reintegração de terra em Minas. Esse grupo foi definido em reunião realizada com o alto comando da Polícia Militar e o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz. Ainda segundo Calazans, o secretário de Estado extraordinário de Regularização Fundiária, Wander Borges, será o coordenador da comissão, que fará sua primeira reunião após o carnaval. 

O deputado federal Padre João estava na audiência e caracterizou como “atrocidades” as ações dos juízes que, sem justificativa, devolvem as terras aos latifundiários. “Isso é um desrespeito a todos os outros poderes. Eles não estão considerando as discussões anteriores, não fazem uma análise profunda das condições da terra, não analisam situações como crimes ambientais e trabalho escravo”, destacou.

Fonte:  http://www.conexaojornalismo.com.br/todas-as-noticias/juizes-acusados-de-favorecer-latifundiarios-podem-ser-afastados-0-6427

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

BENTO XVI - O arregão.

Por Barbara Gancia* (Para a Folha)

Fala a verdade: em latim? Mas justo o papa que abriu conta no Twitter, inaugurando uma via direta de comunicação com os fiéis, foi pedir demissão em uma língua morta, para que o menor número possível de pessoas na sala pudesse decifrar o que ele estava dizendo? Do que tinha medo, de que alguém gritasse lá do fundo: "Schettino, torni a bordo!", em alusão ao comandante do Costa Concordia que deu no pé enquanto seu navio naufragava?

Está certo que até o exorcista-chefe do Vaticano, monsenhor Gabriele Amorth (pois é, desdenham de Tupã e têm um espanta chifrudo de plantão), no cargo há 25 anos, andou dizendo que "o Diabo age dentro do Vaticano".

Já faz tempo que o inquilino mudou-se para lá. Não foi pouco escândalo a quebra fraudulenta do Ambrosiano em 1982, banco do qual o Vaticano era sócio, e que deixou um rombo de US$ 1 bilhão, um banqueiro encontrado enforcado em uma ponte de Londres e um mafioso envenenado na prisão.

 Agora é a vez do "Vatileaks", padres pedófilos e um rombo de US$ 18,4 milhões nos cofres da igreja. E vem o papa lavar roupa suja no seu último dia de missa e querer nos convencer de que está muito cansado para continuar. Sinto muito, mas derrotismo por parte de quem deveria zelar por um rebanho de mais de 1 bilhão de fiéis tem limite.

E o poder simbólico da resiliência? Que mensagem de perseverança Bento 16 nos deixa? Muito conveniente exigir todo tipo de sacrifício do fiel e depois exibir publicamente tamanha frouxidão. Camarada não só abandona o voto feito (que deve ter sido bem ponderado, posto que João Paulo 2º não morreu exatamente do dia para a noite) como sai de cena mordido. Isso sim é intelectual. Que gosto!

E o pessoal ainda exalta seu gesto. "Nossa, que exemplo, que humildade!" Vem cá, será que alguém se lembra de que Cristo padeceu na cruz para salvar, entre outros, um certo religioso que ora aponta seu dedinho trêmulo e besunto de superioridade moral para falar em "hipocrisia religiosa"?

Sobre o tópico hipocrisia, vale lembrar, em vez de entregar os casos à justiça comum, o então arcebispo Joseph Ratzinger, que durante 23 anos comandou a Congregação para a Doutrina da Fé, entidade encarregada, entre outros, de investigar os crimes cometidos por padres, remanejou párocos que voltaram a repetir as mesmas ofensas contra novas vítimas, deixou famílias sem resposta ou indeniza­ção e simplesmente anistiou religiosos implicados em crimes.

A relação de confiança entre católicos e párocos ficará para sempre abalada por conta dessa política de abafa. E a questão indenizatória está longe de ser resolvida.

O antecessor de Bento, João Paulo, era um misógino que se autoflagelava para expiar suas culpas. Dificilmente um exemplo de equilíbrio, diria. Do jeito que esses senhores colocam, ou bem se é católico ou se é humano.

Bem, pessoalmente, opto por ser fiel a mim, da forma mais digna e transparente possível, caminhando no sentido contrário das farsas, da impostura e das trevas que me foram impostas pela herança de uma educação católica. O que significa impedir que esses malucos de batina queiram me afastar de Cristo sentenciando que minha homossexualidade não se encaixa no conceito que eles fazem de amor.

Na teoria, a prática é outra. Um sujeito que tanto pregou o resgate de valores tradicionais sai sob uma das bandeiras menos edificantes da contemporaneidade: a da transitoriedade que a tudo achata e iguala. E o exemplo de que, mesmo em tempos da transparência da internet, ainda há quem tome o caminho medieval de agir às escuras. Já vai tarde, Bento 16.



* Barbara Gancia, mito vivo do jornalismo tapuia e torcedora do Santos FC, detesta se envolver em polêmica. E já chegou na idade de ter de recusar alimentos contendo gordura animal. É colunista do caderno "Cotidiano" e da revista "sãopaulo".


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Os Mineiros Pedindo Passagem e botando as manguinhas de fora - Registro de Carnaval

 Alô alô, Santa Tereza: Puxa o Bloco!

O Convite /Manifesto do Bloco do MAL 

Folia na SAVASSI

Corte Devassa e seu Hino!

Turísmo em cidades históricas no Brasil

NBR ENTREVISTA -  No período das férias, aumentam as visitas às cidades históricas e a monumentos do país. Quem tem a tarefa de fiscalizar, restaurar e preservar todo esse patrimônio cultural é o Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O Brasil já tem mais de 80 cidades e núcleos históricos tombados.Uma forma de preservar a memória para as gerações futuras. Anualmente, o Iphan investe entre R$30 e R$40 milhões nas ações de preservação. Esse é o tema do NBR Entrevista com o coordenador de Proteção de Bens Imóveis - Iphan, Miguel Sousa.