15 agosto 2017
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
sábado, 19 de agosto de 2017
Quem são os antifas, grupo que está em pé de guerra com os neonazistas nos EUA
O atropelamento e morte de uma manifestante e a onda de violência do último fim de semana em Charlottesville, no Estado da Virgínia, foram atribuídos a indivíduos supremacistas brancos e neonazistas que protestavam contra o plano de remoção de uma estátua do polêmico general Robert E. Lee, herói dos confederados na Guerra Civil Americana.
E o presidente Donald Trump foi criticado no sábado por não ter condenado diretamente os grupos supremacistas, dizendo que a violência em Charlottesville havia tido "muitos lados".
Nesta segunda-feira, sob intensa pressão política, Trump fez uma crítica mais direta a esses extremistas brancos, dizendo que o "racismo é maldade".
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Ao mesmo tempo, grupos conservadores citam a presença de membros do chamado "antifa" - abreviação de antifascismo - nos confrontos do último fim de semana. E criticam a imprensa por supostamente ser leniente com os militantes antifascistas pelo fato de estes lutarem contra os supremacistas e sua ideologia preconceituosa.
A seguir, entenda mais sobre os antifas:
Contra o que eles lutam?
Os antifas declaram oposição a todas as formas de racismo e sexismo, bem como às políticas do governo Trump contra a imigração e a entrada de muçulmanos nos EUA.

Ainda que os antifas sejam classificados por analistas distintos como uma organização de esquerda ou extrema-esquerda, seus integrantes fazem antagonismo à ideologia de extrema-direita, mas não promovem iniciativas que representem a um determinado setor do sistema político.
Diferentemente dos grupos políticos ou partidos tradicionais, os antifas não almeja participar de eleições nem influenciar a aprovação de leis no Congresso.
Com um forte discurso anticapitalista, eles empregam táticas mais similares às de anarquistas do que às da esquerda tradicional.
Nesse sentido, parte dos antifas considera a violência um método válido durante protestos populares, inclusive a destruição de propriedade privada e, em determinados casos, o enfrentamento físico contra seus opositores.
Recentemente, estiveram presentes em manifestações contra o líder de extrema-direita Milo Yiannopoulos, em protestos violentos durante a posse de Trump na Casa Branca e, no último fim de semana, nos incidentes em Charlottesville.
Tão antigos quanto os nazistas
O antifa tem grupos em diferentes países, ainda que, pelo menos aparentemente, os mais ativos estejam nos EUA, no Reino Unido (sob o nome de Anti-Fascist Action) e na Alemanha (Antifaschistische Aktion).
No caso alemão, o movimento foi fundado em 1932 como um grupo de extrema-esquerda de oposição ao nazismo.
No ano seguinte, logo que Adolf Hitler assumiu o controle do Parlamento, o grupo foi desarticulado até o fim da década de 1980, quando se organizou em resposta ao surgimento de grupos neonazistas após a queda do Muro de Berlim.

A eleição de Donald Trump e a ascensão da chamada "direita alternativa" (alt-right) nos EUA parecem ter dado novo impulso aos antifas, que chegaram a criar laços com alguns grupos anarquistas.
Segundo James Anderson, membro do popular site antifascista It's Going Down, o interesse do público pelo portal tem crescido desde a chegada do magnata republicano à Casa Branca.
O número de visitantes ao site passou de 300 ao dia em 2015 para cerca de 15 mil atualmente, diz ele. E, após o ocorrido em Charlottesville, a conta de Twitter do grupo ganhou 2 mil novos seguidores.
"Estamos vivendo um gigantesco ponto de inflexão", afirma Anderson. "Trata-se do poder popular. Este é um movimento aberto que busca integrar uma ampla variedade de gente."
Críticas
Mas se cresceu o interesse pelo movimento, aumentaram também as críticas.
O antifa se converteu em alvo de ataques de grupos conservadores e da extrema-direita. O comentarista da Fox News Erick Erickson, por exemplo, escreveu em seu blog que "os antifas e os supremacistas brancos são duas caras da mesma moeda".
E há poucos dias cerca de 100 mil pessoas assinaram um abaixo-assinado pedindo que Trump classifique os antifas como uma "organização terrorista".
Até o momento não se sabe ao certo quantas pessoas são membros ativos do movimento, já que a maioria se comunica entre si via redes sociais, de forma espontânea.
É provável que, depois do ocorrido em Charlottesville, os antifas continuem sob o radar da imprensa, dos analistas e dos serviços de segurança ao redor do mundo.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-40942701?SThisFB
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-40942701?SThisFB
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
GLEEN GREENWALD: HÁ INDÍCIOS MUITO MAIS FORTES CONTRA TEMER E AÉCIO, MAS ELES NÃO FORAM SEQUER AFASTADOS.
Globo, Lava Jato, corrupção e criminalização da política
A PERCEPÇÃO GENERALIZADA HOJE é que os políticos estão enlameados. As forças populares, com fraca articulação e com o povo desinformado, tateiam no escuro em busca duma luz de esperança. O que é trágico, porque a solução só pode vir da política. (Foto reproduzida da Internet)
De Salvador-Bahia – Um dos traços mais acentuados da conjuntura política brasileira é a criminalização da política e dos políticos.
Não é de hoje, por certo. Há uns 15/20 anos atrás me lembro dum deputado baiano comentar que, quando chegava a um ambiente onde não era conhecido, nunca se identificava como político pois tinha consciência da má fama.
A partir das manifestações massivas de junho/2013 isto se tornou particularmente alarmante, ao ponto de forças políticas que até então se mantinham latentes saírem à luz do dia e começarem a se projetar no espaço público. Os círculos de caráter fascista costumam germinar num clima de criminalização da política e de incentivo ao ódio.
O agente mais visível que fez prosperar tal marca da conjuntura tem dois canais interligados: a Operação Lava Jato e a Rede Globo (com seus cúmplices da mídia hegemônica). Um não vive sem o outro. Uma dupla infernal. Lembram Pelé e Pepe no famoso ataque do Santos nos anos 60.
O fermento a adubar tão exitosamente o processo de criminalização da política não poderia ser mais eficiente: a corrupção, um câncer que corrói a alma da sociedade brasileira há 500 anos, atinge todos os setores, em especial o mundo empresarial, e que costuma ser tão ao gosto das relações capitalistas.
Na semana passada, por exemplo, tivemos um espetáculo de corrupção explícita: a maioria dos congressistas, na mesma Câmara dos Deputados que rifou Dilma – uma presidenta até prova em contrário honesta -, acaba de salvar (ou conceder uma sobrevida) Temer, um presidente ostensivamente corrupto.
Só que a Globo e a Lava Jato, que se reforçam com a memória do chamado Mensalão, tentaram fazer uma mágica impossível: meter na cabeça dos brasileiros que a corrupção foi inventada a partir de 2003, com o advento da era Lula/PT.
Mas, repito, seria uma mágica impossível, apesar da seletividade e partidarismo da campanha bem encetada pelos dois principais protagonistas.
A plateia acabou percebendo mais nuances no quadro que se pretendia apenas branco e preto. Mesmo porque o escandaloso monopólio da comunicação tradicional tem de conviver atualmente com o crescente poder da Internet/redes sociais.
Estão conseguindo suas metas principais: tiraram Dilma da presidência, buscam carimbar o PT como “organização criminosa” e avançam para tirar Lula do páreo de 2018.
Na economia, conseguiram aprovar a contrarreforma trabalhista, agravada pela terceirização total. O pré-sal foi entregue à sanha das empresas multinacionais, como prometido. E tentam afastar dificuldades para a aprovação das mudanças na Previdência, daí a divisão dos golpistas entre Fora Temer e Fica Temer. Os trabalhadores são penalizados pelo desemprego, enquanto são mantidos os ganhos do capital financeiro, do rentismo e dos especuladores. Os bancos, o narcotráfico e a criminalidade nadam de braçada.
Mas, entre as peripécias dos vazamentos e as tais delações premiadas, começaram a aparecer inúmeros vilões que, em princípio, estariam fora do script: dos manjadíssimos PMDB, PSDB e DEM, do famigerado Centrão e das bancadas do BBB (Boi, Bala, Bíblia).
Eduardo Cunha, um dos chefões – ao lado de Temer – do PMDB, está preso e condenado, embora nossos altos juízes do Supremo Tribunal Federal tenham esperado 142 dias para afastá-lo da presidência da Câmara (do dia do pedido feito pela PGR ao dia do afastamento). Só o fizeram depois que ele fez aprovar o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma.
Mas, que diabo! – exclamam muitos direitistas indignados -, não era só para desencarnar esses petistas f.d.p.?
Era. Mas às vezes é impossível segurar o processo de acordo com o projetado. A dinâmica social e política é sempre mais complicada do que faz crer, na tela da TV, a “sabedoria” dos especialistas.
O fato concreto é que, hoje, a percepção generalizada é que os políticos estão enlameados. As forças populares, com fraca articulação e com o povo desinformado, tateiam no escuro em busca duma luz de esperança. O que é trágico, porque a solução só pode vir da política.
Quer dizer: uma política praticada em novos moldes, comprometida com o interesse público e entrelaçada com os movimentos sociais. Voltarei a este tema.
Tags:corrupçãocriminalizaçãoDestaquedireitaEduardo CunhaesquerdaFica TemerFora TemerGloboLava JatoLulaPrevidênciaPT
Fonte: http://www.diaenoitenoar.com.br/2017/08/07/globo-lava-jato-corrupcao-e-criminalizacao-da-politica/#.WYkkCxXyuYl
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